domingo, 23 de setembro de 2007



Carpe Diem e o meu “vício” de existir

Carpe Diem é uma expressão utilizada na literatura clássica cujo significado é “colhe o dia”, “aproveita o dia”. O tema normalmente foi utilizado como um convite amoroso às mulheres “difíceis”, ressaltando o fato de que a beleza e a vida são perecíveis e que é preciso aproveitar enquanto há tempo.

Agora, se você parar para analisar a sua história vai perceber quantos conflitos enfrentou e enfrenta para compreender o que é “aproveitar o dia”. Com isso, tanto você quanto eu caímos nas cadeias do “vício de existir”. Assim, a vida se torna um enigma paradoxal. O que é o prazer? Qual é o seu fruto proibido?

O interessante é que nessa CIRANDA PSÍQUICA somos levados aos extremos, o “santo e profano”. De um lado somos levados à libertinagem (que é a pirataria da liberdade), a “terra da utopia”, onde “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem”. Onde vemos a imagem da vida, mas nunca o seu conteúdo. Do outro lado, somos levados à neurose da religiosidade, com os seus “diabinhos” por toda a parte: praia, música, roupa, sexo e até comida. Que ensina sobre um Deus medieval que foi promovido ao cargo de “Tirano Hitllerizado” com o seu conjunto de regras, onde a sua pulsão é punir o que foge da “doutrina”.

A verdade é que precisamos desacelerar a nossa carga emocional que nos leva mais a cegueira do que a descoberta da vida. Não torne complexo o que é simples. Tão simples que até o louco consegue acertar o caminho e o cego consegue ver. Aquele que criou todas as coisas e as denominou como boas diz para você: Viva!

Isso mesmo: Viva o dia chamado HOJE, respire a sua existência, desfrute do que há de melhor na vida. Curta o seu jeito, a música, um livro, uma dança, sua família, um namoro, seu potencial, as pessoas do seu trabalho. O maior pecado é não desfrutar o que ELE criou.

Para você que vive os extremos acima eu pergunto:

Até quando você vai viver fugindo de você mesmo? Até quando vai tomar o veneno do sistema chamado MUNDO?

Por fim, pergunto para você que se enclausurou em uma instituição religiosa: porque quer viver como um “supersanto”? Talvez, seja difícil para você entender que o Deus que te criou, te formou do jeito que você é: Humano.
Pedro Henrique Curvelo

Setembro de 2007

PORNOPOLÍTICA – A VULGARIDADE DA NUDEZ

Quero nesse momento pedir licença para o cronista Arnaldo Jabor e utilizar o Título do seu livro: “pornopolítica”, para definir o processo de cassação do presidente do Senado Renan Calheiros, que conseguiu obter a sua absolvição na quarta-feira, dia 12 de setembro.
Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior. No Conselho de Ética, Renan não conseguiu provar que o dinheiro utilizado para o pagamento de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com o senador, teve origem em negócios agropecuários.
Nesse processo Renan foi redimido por 40 votos de absolvição. Nisso, podemos perceber que a sujeira maior não foi a sua “redenção”, e sim, a falta de caráter e dignidade por parte da maioria dos senadores em não assumir seu voto perante a imprensa e o povo. Vale destacar que dois senadores do Rio de Janeiro: Francisco Dornelles e Marcelo Crivella foram a favor de Renan.
Mediante a isso, concluo que mais vulgar e devasso não foi a publicação da revista PLAYBOY com fotos da jornalista Mônica Veloso (a ex do Renan Calheiros), e sim, a obscenidade que a sociedade viu no Senado na semana da votação pela remissão. Não sei se posso afirmar a expressão que saiu no Jornal do Brasil: “Morte no Senado”, mas o que eu posso dizer é que a cada escândalo que presenciamos na política podemos ver uma nudez fragmentada. O irônico é que nos assustamos com a sua feiúra, e olha que não a virmos em sua totalidade. A pergunta então é: Como trataremos da doença que há nessa nudez? Eu ainda não sei, pois o quem gerou esse senado foi uma sociedade que ainda não aprendeu a ter formação política.

Pedro Henrique Curvelo


CHE GUEVARA – A REVOLUÇÃO EM MOVIMENTO

Ao se falar em revolução logo lembramos do nome Che Guevara. Um jovem médico recém formado quando em 1953, deixou sua terra natal, Argentina, para entregar a sua alma para a América Latina e para a revolução.

Do comodismo para uma vida em movimento. Guevara poderia ter tido uma vida cômoda e tranqüila, com um bom emprego na área da medicina, se casar, construir uma casa e viver em “paz”. Porém, “Che” decidiu seguir os impulsos da sua alma para o estabelecimento do socialismo. Os seus discursos que sempre o seguiam eram os seguintes: a luta antiimperialista, soberania política e a formação do “homem novo” (isto é, do humano dotado de um conjunto de valores baseado na solidariedade e no espírito coletivista).

Che Guevara sempre criticou nos jovens o vício do reunismo. Onde os discursos dos jovens revolucionários não se tornavam em tarefas concretas. É o que vemos hoje, por exemplo, com a UNE e a CUT. O que elas são? De um ponto de vista históricos grandes instituições, agora, de um ponto de vista contemporâneo não representam nada.

Creio que hoje existam vários pessoas pelo caminho da vida levantando a VOZ DE PROTESTO. Que reclamam contra o individualismo, a corrupção da política, o “vômito” dos Estados Unidos. Por fim, podemos afirmar que a formação política da nossa geração não precisa de DEMAGOGOS “GUEVARISTA”, e sim, “CHES” DE ATITUDE CONCRETAS.
Pedro Henrique Curvelo