quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A PAIXÃO POR UMA DUQUESA



Oh, Duquesa!

Não sou nobre, sou plebe. Sou da terra, do mesmo pó que você foi formada.

O fôlego de vida é o único bem que temos em comum.

Do comum, do igual, que você não deseja comungar e para um plebeu se entregar.

Tenho o chão da vida como fundamento, da alegoria do viver a habilidade para sentir e amar.

Minha alma sente pena de você! Pois, presa está em sua ortodoxia do que é “moral”, asfixia de um manequim com vestuário, que da loucura encontrou vertigem.

Para viver, basta acordar. O rosto despertar e no caminho chamado vida, simplesmente andar.

No dançar te mostrarei o prazer! Do vinho o saber! De um beijo a intensidade de um ser.

Sejamos um! Do comum o compartilhar, do seu pão desfrutar, para que de um amor plebeu você possa se embriagar.

Pedro Henrique Curvelo
Outubro de 2011



sábado, 8 de outubro de 2011

Homem e Mulher diante da aurora de Eros


A química de um corpo diante de uma paixão. Ultrapassa a razão, entra pelo coração e envolve as entranhas.


Uma pulsão vulcânica passa então a existe diante da régua da vida chamada Khrónos.

Eles são jovens! O que tem a perder?

Ela coloca uma roupa de couro preta, embaixo um lingerie que desperta a libido até de um defunto.

Vamos! Já é madrugada. Período no qual onde o moralismo entra em recesso.

Entre no meu mundo, sinta a estrada que existe em paralelo ao mar. Se acalme com o vento e o cheiro da maresia.

Pegue uma bebida. Vamos dançar ao som apenas do vento. Ninguém nos ver, então deixe que o ímpeto do desejo tome você.

Ela sentiu os braços dele. No envolvimento dele, homem e mulher, diante da aurora de Eros. O instinto de possuir.

Ele comungou com ela. Suas energias se coexistiram. Suas almas se ligaram.

No entanto, a estrada tortuosa chamada vida quebrou tal cristal. Despedaçados por um imperativo do Cronos determinou que cada um seguisse o seu caminho.

Eles já dormiram sobre uma pedra, a semelhança de Jacó. Em suas almas construíram escadas, evoluíram no prisma angelical chamado amor. Mas tal realidade era como espinhos no coração.

Cada um no seu caminho com fragmentos na alma. A memória é um lugar onde a passagem se cristaliza.

Com ou sem você, luz de um caminho que existe apenas na alma. De uma decisão o prosseguir, evoluir, deixar o velho para o novo entrar.

Diante da aurora chamada Vida.

Pedro Henrique Curvelo

Outubro de 2011